sexta-feira, 22 de julho de 2011

Reflexões sobre os paradoxos


Já foi dito isso, mas temos que concordar: vivemos o tempo do paradoxo.
Ter carro contribui para a poluição, mas usar transporte coletivo é quase um martírio.
Comidas orgânicas são saudáveis, mas agridem o bolso.
A internet nos aproxima, mas nos deixa mais distante. Foi-se o tempo em que seu telefone tocava o dia todo no seu aniversário.
As pessoas têm acesso a mais informações, mas com a ótica do capitalismo. E além disso, estudos apontam que a maioria se interessa ou não pela informação nos 6 primeiros segundos. Superficial demais.
Muita gente preocupa-se com causas sociais, ambientais, mas parece que as famílias estão se distanciando e o diálogo se tornando raro.
Empresários honestos são considerados tolos, imaturos ou até incompetentes.
Tomar decisões está deixando as pessoas doentes. Trabalhar em excesso também.
Olhando para este cenário, parece que estamos em um beco sem saída, mas não. A solução é na realidade MUITO mais simples do que pode parecer: precisamos compreender que somos parte de um todo. Ok, ok! Mais uma frase clichê. Mas de que outro modo podemos dizer? Se você vive em uma casa de zinco, seu corpo sentirá o calor. Do mesmo modo, se vivemos em um planeta desequilibrado, todos os seres viventes sentirão. Os animais selvagens vêm demonstrando alteração de comportamento já há décadas, embora intensificado nos últimos 10 anos. Porque somente nós não sofreríamos do mesmo mal? A diferença entre eles e nós neste ponto é que eles perdem a rota de caminho para acasalamento, e nós perdemos a rota de nossas vidas.
Precisamos passar mais tempo olhando para nós mesmos, porém de forma altruísta. Reconhecer nossas dificuldades e trabalhar pacientemente cada uma delas, entender nosso corpo e analisar as reações dele, dedicar mais tempo aos nossos amores e atividades que nos dão prazer, e contribuir para a harmonia do planeta depois de conquistar nossa própria.
Dinheiro é importante. Quem não tem compreende isso ainda melhor. Mas não pode ser tudo. Trabalho - por mais prazeroso que seja - não pode ser a única razão de nossas existências. O mercado é competitivo porque nós o fizemos assim. Os carros são poluentes e o transporte público é ineficiente porque nós permitimos. Nós somos responsáveis por nosso destino. Como diria uma frase indiana muito utilizada por nossos colegas do Instituto Triângulo: "A mudança que você quer fora começa dentro".
...
Tenham um ótimo e reflexivo final de semana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário